Centro Memorial Fronteiriço Székely

Os székelys ocupavam uma posição especial na sociedade do Reino da Hungria: desde a Idade Média, viviam como uma comunidade com direitos nobres coletivos, obrigados ao serviço militar na região fronteiriça oriental da Transilvânia. Sua tarefa era proteger o sistema de fronteiras e defender os portões orientais do país – não como um exército profissional, mas como uma comunidade livre, com seus próprios líderes e sistema jurídico interno.

A partir do século XVIII, especialmente sob Maria Teresa e José II, a guarda de fronteira székely foi oficialmente integrada ao sistema de defesa de fronteiras da Monarquia Habsburga. Foi então que surgiram os regimentos de guardas de fronteira székely, como o Regimento de Infantaria de Guardas de Fronteira Székely (1762). Embora muitos tenham protestado contra a intervenção estatal – o famoso massacre de Madéfalva (1764) foi uma consequência disso –, o papel de guarda de fronteira acabou por definir, por muito tempo, a organização das aldeias székely, bem como sua vida educacional, religiosa e econômica.

Os guardas de fronteira székely participaram das guerras napoleônicas (por exemplo, na batalha de La Rothière), da revolução de 1848–49 e até mesmo da Primeira e Segunda Guerras Mundiais. Sua história, portanto, não é apenas de importância local, mas uma parte integrante da história militar europeia.

A história da guarda de fronteira székely conecta a identidade coletiva com a responsabilidade. A exposição não trata de batalhas, mas da ordem comunitária, da auto-organização e da existência nacional consciente. Esta forma de memória não se volta apenas para o passado, mas também expressa um compromisso com o futuro – algo especialmente importante no mundo de hoje, que muda rapidamente em escala global, onde as raízes regionais e os exemplos a seguir precisam ser reafirmados.

O centro também tem um propósito pedagógico: oferece atividades de educação museológica para grupos escolares e organiza eventos comunitários.