Milagres sagrados e experiências sustentáveis – 5 santuários marianos europeus que todos deveriam visitar

Sevilha é uma das líderes do turismo sustentável na Espanha: a cidade conquistou o título de Capital Europeia do Turismo Inteligente, gerindo os fluxos de visitantes com sistemas avançados baseados em dados e incentivando ativamente o transporte ecológico – através do desenvolvimento de redes de elétricos, programas de bicicletas comunitárias e parques verdes. Além disso, acolhe regularmente conferências internacionais sobre turismo sustentável, reforçando seu papel europeu na transição verde.

A história e os milagres da estátua de Maria:
A estátua da "La Virgen de la Esperanza Macarena" – Nossa Senhora da Esperança – foi criada no século XVII, com autoria controversa, mas frequentemente atribuída a Juan de Mesa. A particularidade da estátua é que ela é em tamanho real e retrata a Virgem Dolorosa com uma extraordinária expressão emocional. Lágrimas de vidro brilham em seu rosto, mas, segundo a lenda, as lágrimas apareceram espontaneamente várias vezes – veneradas pelos fiéis como um milagre de lágrimas.

Diversas histórias estão associadas à estátua:

• Durante a Guerra Civil Espanhola, os habitantes da cidade acreditavam que, pela intercessão da Virgem, Sevilha foi poupada de maiores destruições.

• Relatos indicam que orações feitas diante da estátua levaram a curas inesperadas, reconciliações ou soluções para situações aparentemente sem esperança.

• Os moradores, especialmente em tempos difíceis – epidemias, crises econômicas – voltaram-se para a Macarena, também chamada de "Mãe de Sevilha".

Os adornos da estátua também são especiais: a Virgem usa uma coroa de ouro e um manto ricamente bordado, frequentemente decorado com doações e presentes feitos em gratidão pelos fiéis.

Csíksomlyó não é apenas o coração do turismo religioso, mas também está profundamente integrado à vida cultural e comunitária da cidade de Miercurea Ciuc. Durante a peregrinação de Pentecostes, centenas de milhares de pessoas chegam ao local, mas a região oferece uma rica programação turística durante todo o ano: trilhas, gastronomia local – como os sabores autênticos da cozinha székely – e eventos tradicionais aguardam os visitantes. Miercurea Ciuc tem dado cada vez mais atenção à sustentabilidade: desenvolvendo o transporte público e promovendo produtos locais, busca reduzir a pegada ecológica do turismo. Assim, além das experiências religiosas e culturais, a cidade e seus arredores tornam-se um destino atraente para viajantes responsáveis.

A história do santuário:
O mosteiro franciscano e a igreja de peregrinação de Csíksomlyó foram construídos no século XV e já eram um importante local de peregrinação na época: os fiéis da região faziam regularmente peregrinações em honra à Virgem Auxiliadora. O local ganhou especial importância em 1567, quando o príncipe João Sigismundo da Transilvânia incentivou a conversão ao protestantismo e enviou tropas para subjugar os católicos székely. No entanto, os székely reuniram-se nas montanhas de Csíksomlyó, pedindo a proteção da Virgem, e derrotaram o exército do príncipe. Os fiéis atribuíram a vitória à intercessão de Maria e fizeram uma promessa de retornar ao santuário todos os anos no Pentecostes em gratidão. Assim nasceu a peregrinação de Csíksomlyó, que continua sendo a maior peregrinação em língua húngara na Bacia dos Cárpatos.

A história da estátua de Maria:
A igreja abriga a estátua gótica tardia da "Virgem Auxiliadora de Csíksomlyó", feita no início do século XVI, com mais de dois metros de altura, sendo uma das maiores estátuas de devoção da Europa. Os fiéis a consideram milagrosa: curas, orações atendidas e a sobrevivência histórica da comunidade székely estão ligadas à estátua.

Localizado no Vale do Mureș, Máriaradna é um dos santuários marianos mais importantes da Transilvânia, atraindo peregrinos e interessados em cultura há séculos. A igreja barroca e o mosteiro franciscano são não apenas um centro sagrado, mas também um patrimônio arquitetônico. Além das experiências religiosas, os visitantes podem explorar as belezas naturais do Vale do Mureș e sua gastronomia local. As recentes renovações incorporaram soluções eficientes em termos de energia e colaboração comunitária local, fortalecendo o turismo sustentável, preservando o legado do passado e adotando uma visão responsável para o futuro.

A história do santuário:
Desde o século XVII, os católicos da região visitavam Máriaradna para rezar, e os franciscanos logo estabeleceram um mosteiro ali. No século XVIII, com o apoio de Maria Teresa, foi construída uma grandiosa igreja barroca, que se tornou um dos principais centros religiosos do Banato. Ao longo do tempo, o santuário enfrentou várias ameaças de guerra, mas os fiéis sempre o reconstruíram.

A história da imagem de Maria:
A origem das peregrinações está ligada a uma imagem de Maria do século XVII, que milagrosamente sobreviveu a um ataque turco. Segundo a tradição, a igreja foi incendiada, mas a imagem permaneceu intacta entre as chamas. Este milagre deu início ao culto mariano em Máriaradna, e os fiéis buscam consolo, cura e intercessão diante da imagem há séculos.

A Croácia possui um santuário nacional onde a famosa estátua da Virgem Negra e a basílica ao seu redor têm sido, há séculos, o centro da identidade católica croata. Além da experiência religiosa, os peregrinos podem desfrutar da paisagem pitoresca de Zagorje, dos vinhos e da gastronomia local, bem como do artesanato tradicional, que tornam o local ainda mais atrativo. 

A história do santuário:
Desde o século XVI, Marija Bistrica desempenha um papel central no catolicismo croata. Durante a ocupação turca, tornou-se um símbolo de preservação da fé e da identidade. Nos séculos XIX e XX, o santuário ganhou importância nacional, recebendo visitas de vários bispos croatas e do próprio Papa João Paulo II.

A história da estátua de Maria:
A famosa estátua da Virgem Negra foi criada no século XV. Durante o período de ameaça turca, o pároco a escondeu para protegê-la da destruição, mas, segundo a tradição, a estátua reapareceu milagrosamente várias vezes. Este "milagre do retorno" tornou o santuário um dos locais mais sagrados para o povo croata. Ao longo dos séculos, muitos relatos de orações atendidas e curas foram associados à estátua, e os fiéis continuam a cercá-la com placas de agradecimento e presentes.

Contexto histórico:
Em 1923, o Papa Pio XI declarou Marija Bistrica um santuário nacional, reconhecendo sua importância para o país. Em 1984, o Papa João Paulo II também visitou o santuário e reforçou o culto à estátua de Maria, que continua sendo um elemento central da vida espiritual da Croácia.

Szentkút é o santuário nacional da Hungria e também parte do Geoparque Global UNESCO Novohrad–Nógrád. O patrimônio geológico único da região – fontes cársticas, formações rochosas, trilhas educativas – oferece várias atividades geoturísticas, tornando a área atraente não apenas pelas experiências espirituais, mas também pelo ecoturismo e caminhadas. No restaurante de peregrinos do santuário, são servidos pratos com certificação GEOfood, preparados com ingredientes locais, unindo experiências religiosas e gastronômicas ao turismo sustentável.

Que lendas estão associadas ao local de peregrinação? 

A origem da fonte de Szentkút é cercada por várias lendas:

• A visão do jovem pastor: Segundo a tradição, no século XII, a Virgem Maria apareceu a um jovem pastor, e uma fonte brotou onde ela pisou. Muitas curas e milagres estão associados à água, dando origem ao nome do santuário.

• A lenda de São Ladislau: Outra tradição conta que o rei São Ladislau, durante uma batalha contra os cumanos, fugiu pelas florestas de Mátra e, ao sentir sede, golpeou uma rocha com sua espada, fazendo surgir uma fonte. Esta fonte tornou-se o centro da peregrinação, considerada milagrosa até hoje.